No terceiro desfile em Paris, Pedro vai firmando um estilo próprio. Com a coleção que explora a geometria, através de inserções de texturas e cores diferentes, ele se destacou das monotonias equestres e dos dourados da semana.
Os casacos e sobretudos são híbridos - costas de lã, frente com trechos curvos em couros e vinis vermelhos, amarelos ou roxos, alternados com materiais holográficos. Esta foi a fórmula que diferencia o trabalho do designer brasileiro, com um distante olhar para os anos 1960, das geometrias de Pierre Cardin. Há também peças em xadrez deepdye, que parecem ter sido mergulhadas em tingimento preto na barra, muito usáveis na alfaiataria.
Indo para o final, ao som de uma versão do Teen Spirit, do Nirvana, uma bela saia com todos os entalhes de materiais possíveis e pregas laterais. E ora vejam: cavalos em estampas localizadas sobre transparências de vestidos e vestes. Para ninguém dizer que o Pedro Lourenço está fora do circuito hípico da temporada...
Acabou o show, Suzy Menkes, a maior repóter de moda da atualidade, correu para cumprimentar o estilista, ele de terno preto e camisa branca. Em seguida, foi a vez do Didier Grumbach, presidente da Câmara Sindical da Moda, que caiu de elogios - eu vi e ouvi, porque estava atrás na fila...
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